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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Orkutização

Hoje não quero escrever algo sensacionalmente e bem escrito, porque não gosto de tarefas difíceis para alguns, impossíveis para esse blogueiro que vos escreve. Este post é sobre um assunto que já se tornou clichê em vlogs e tumblrs, que continua sendo modismo no facebook e que me importuna o bastante ao ponto de me fazer criticar por aqui.

Não me considero um webviciado, mas utilizo redes sociais (até mesmo o pinterest) e fico a par do que é escrito e dito pela maioria nestes recintos. Desde que o Orkut ‘perdeu’ para o Facebook, que o twitter e o facebook começaram a ser as mais utilizadas redes sociais na internet, e que mais e mais vlogs começaram a surgir, a internet pode ser dividida em dois extremos.

OrkutizaçãoEsses extremos se caracterizam pelo lado que gosta e pelo lado que odeia. O lado gostante normalmente se acha superior, pois em determinados momentos, em relação a determinados conteúdos, conferem, comentam, parabenizam os criadores e divulgam. Para estes mesmos conteúdos, existe o lado odiante, aquele que não faz nada mais que assistir, conferir e... xingar a mãe do produtor de conteúdo, manda-lo para lugares não muito legais e assim poluir comentários em diversos lugares.

O lado gostante denomina o lado odiante como orkutizado. Costuma-se prevalecer em determinados momentos um ou outro lado. O lado gostante se atém a criticar todos os costumes do lado odiante. Tudo o que alguém, que xinga o que eu gosto alguma vez, pensar, fazer, falar ou publicar será orkutizado demais, será inferior ao meu pensamento superestimadamente perfeito. E assim vivemos essa hipocrisia.

Essa dicotomia em relação ao público online, esse pensamento de extremos, não é o meu, eu apenas me referi ao que é pensado atualmente. Acho que a internet é um saco de farinha, onde poucos não são grãos, e esses poucos não tem voz. Isso mesmo, é tudo farinha do mesmo saco.

Ao mesmo tempo que um vem e posta frase de Raul Seixas ou Saramago no facebook, esse mesmo cara xinga mães de famosos no youtube, critica o país no twitter… O problema dessa massa, em minha opinião, não é suas atitudes nem suas críticas. Não me incomodo com frases clichês sobre política publicados no facebook, por ateus querendo expor suas ideias no twitter, por gente xingando mães de famosos no youtube. O que me incomoda é a falta de autonomia online.

Ao mesmo tempo em que redes sociais possibilitam a usuários uma voz, um modo de falar o que pensam, retira a autonomia dos usuários. Pessoas começam a repetir pensamentos, a repetir atitudes ou mesmo a não contribuir em nada com nada. Pessoas se tornam apenas números para redes sociais, pois simplesmente acham algumas coisas que veem geniais e não as criticam, não adicionam opiniões próprias, não pensam por si.

Era isso que eu queria dizer. Se o post ficou ruim, leitores, me perdoem mas eu precisava escrever sobre isso. Até logo!

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